A igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída em 1737, é a mais conhecida entre as igrejas de irmandades em São Paulo.

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    A igreja foi construída onde hoje é a Praça Antônio Prado, próxima ao Vale do Anhangabaú, no centro da cidade. Ela se localizava em um dos cantos do Triângulo, área limitada pelas ruas Direita, 15 de novembro e São Bento. O Rosário dos Pretos era um importante atrativo em São Paulo: ali aconteciam espetáculos e se fazia o comércio popular em quiosques e barracas, frequentemente reprimidos pelas autoridades.

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   No início do século XX, a elite incomodou-se ainda mais com a existência dessa igreja, por diversos motivos. Entre eles, a grande popularidade do local, a arquitetura colonial que não mais agradava a essa elite, os elementos da cultura africana, a resistência e o abrigo de ex-escravos. Então, em 1903, foi forçada sua mudança para o Largo do Paissandu, onde foi reconstruída e inaugurada em 1906 e onde está localizada atualmente. Apesar da mudança, a igreja manteve sua resistência, em forma de luta e apoio para toda a população negra e pobre da cidade de São Paulo.

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   No Largo do Paissandu foi inaugurado, em 1955, um monumento nomeado “Mãe Preta” que teve seu local de construção escolhido justamente pela presença da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a irmandade religiosa negra mais antiga de São Paulo. A criação do monumento foi uma ideia da sociedade negra paulista que desejava fazer uma homenagem à mãe preta, escrava que foi obrigada a amamentar os filhos de sua dona e importante personagem para a comunidade negra. O monumento é considerado como uma das poucas imagens positivas que se tem de pessoas negras na vida pública brasileira.

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    Recentemente, o edifício Wilton Paes de Almeida, inaugurado em 1966 e localizado próximo à igreja, desabou devido a um incêndio que danificou sua estrutura. O prédio estava sendo ocupado por famílias desalojadas quando desabou e muitas pessoas perderam moradia e objetos pessoais. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos se dedicou a recolher doações de diversos gêneros para ajudar aos moradores.