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Pátio do Colégio

 Pátio do Colégio/
Padre Anchieta
 Pátio do Colégio/
Padre Anchieta

(c) Guilherme Braganholi

Pátio do Colégio -
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    Em 1549, o padre José de Anchieta, acompanhado de outros doze jesuítas, chegou ao Brasil. O grupo participou da instauração do Colégio na então Vila de São Paulo de Piratininga. A pedido da Coroa de Portugal e da Companhia de Jesus, criaram esse núcleo para ocupar terras e catequizar indígenas na colônia.

    Em 25 de janeiro de 1554, foi realizada, diante uma simples cabana, a missa que inaugurou o colégio jesuíta. Dois anos depois. o padre Afonso Brás foi o responsável pela construção de um colégio e da igreja anexa a ele. Todavia, com a expulsão dos jesuítas da América portuguesa, decretada pelo Marquês de Pombal em 1759, todos os bens da Companhia de Jesus, incluindo o colégio de São Paulo, passaram a pertencer ao Estado. O colégio e a igreja sofreram inúmeras reformas para se tornarem a sede do governo da capitania de São Paulo, exercido na época pelo Morgado de Mateus. A área então passou a ser chamada de Largo do Palácio.                                                                                                                                            

   Essas reformas, sobretudo no fim do século XIX, tiveram como objetivo adaptar o palácio e as repartições dos serviços públicos. Em 1896, o palácio teve algumas partes demolidas para, em 1953, ser completamente derrubado.

Com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), houve uma proposta de restauração do Pátio do Colégio, para recuperar a memória da fundação de São Paulo e da vida de José de Anchieta.

    Os jesuítas doaram um terreno, onde se construiu uma réplica do colégio. Entretanto, as obras só foram iniciadas em 1975, com ajuda financeira da prefeitura de São Paulo e de uma empresa privada. Foram mantidos os restos de uma parede de taipa remanescente da construção original, embora haja dúvidas sobre isso. A reconstrução do Pátio do Colégio tinha a intenção de resgatar uma suposta identidade nacional ligada às origens de São Paulo.

    Na época da ditadura civil-militar no país, alguns intelectuais de direita fizeram do Padre Anchieta um símbolo nacional, por sua ação integradora dos índios. Eles não criticaram a ação destrutiva da Companhia de Jesus e da catequese sobre a cultura indígena.

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